Revista Natura ciclo 05/2015

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Um Mundo Melhor


Antes de sairmos para os afazeres cotidianos, costumamos arrumar a casa. Recolhemos o lixo do banheiro e jogamos fora o jornal do dia anterior. Depois do café da manhã, é hora de apanhar a caixa de leite vazia, o coador de café usado, a embalagem de iogurte e as cascas de frutas.

Na sequência, é ainda comum, em grande parte dos lares, juntar esses dejetos de origens tão diferentes em um mesmo saco plástico, amarrá-lo e levar o lixo para longe dos olhos, como se aquilo que você jogou fora, de uma hora para outra, não lhe pertencesse mais.

Mas atitudes que parecem corriqueiras como essas resultam na produção de cerca de meio quilo de lixo por pessoa todos os dias. Esse número chega a triplicar nas regiões de maior poder aquisitivo.

Como não há destinação adequada para tamanha produção, a separação do lixo para reciclagem é indispensável no mundo hoje. A boa notícia é que essa prática depende apenas de cada um de nós.

Será que é reciclável?

Já sabemos que nem tudo que jogamos fora é lixo, mas quando começamos a reciclar, é natural surgirem dúvidas sobre o que fazer com certos materiais. Será que isopor pode ser reciclado? É obrigatório separar cada tipo de lixo em cestos coloridos?

À primeira vista, parece que as respostas a essas perguntas seriam somente sim ou não – recicla ou não recicla –, mas na prática algumas questões são um pouco mais complexas. Veja a seguir soluções para as dúvidas mais freqüentes quando o assunto é reciclagem.

Como saber se o material que estou jogando fora é reciclável?

Hoje em dia, a maior parte dos materiais e embalagens recicláveis já possui o símbolo internacional de reciclagem impresso. O mais comum é um triângulo formado por três setas que seguem no sentido horário, mas cada tipo de material tem um símbolo próprio. Alguns desses pictogramas trazem ainda um número em seu interior, que serve para as indústrias de reciclagem e cooperativas separarem os diferentes tipos de resinas plásticas corretamente. Mas, fique atento: o uso do símbolo não é obrigatório e, portanto, mesmo que o produto não contenha a imagem, ele pode ser reciclável.

É necessário separar cada tipo de lixo em cestos coloridos?

Não. Esse trabalho é feito nos centros de triagem de materiais recicláveis. O importante é separar o lixo orgânico ou úmido dos demais produtos recicláveis, também conhecido como lixo seco. Também é melhor lavar as embalagens antes de descartá-las. Isso diminui o cheiro e melhora as condições de trabalho dos catadores.

Embalagens de isopor podem ser recicladas? E embalagens de alimentos engorduradas?

Embora ainda tenham baixo valor de mercado por serem leves e volumosas, as embalagens de isopor podem ser recicladas. Inclua-as junto com os plásticos. As mais comuns, como as embalagens de eletrônicos, são mais aceitas do que as usadas em bandejinhas de alimentos, que devem estar limpas, sem gordura.

Veja outros exemplos do que pode e o que não pode ser reciclado:

Vidros

Reciclável: copos, potes de produtos alimentícios, garrafas.

Não-reciclável: vidros planos usados em automóveis e na construção civil, espelhos, cristal, ampolas de medicamentos, a maioria das lâmpadas, cerâmica, porcelana.

Cuidados: vidros quebrados devem ser enrolados em papel grosso antes do descarte. As lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um veneno perigoso, e por isso não podem ser quebradas. Algumas empresas já trabalham com a reciclagem desse material.

Metais

Reciclável: latas de alumínio e de aço, aerossol, embalagens metálicas de congelados, papel alumínio, esquadrias, arames, ferragens, folha de flandres.

Não-reciclável: esponja de aço, clipes, grampos de papel, pregos, lâminas de barbear, latas de tinta ou veneno, pilhas e baterias.

Cuidados: lixo eletrônico como pilhas, baterias e celulares deve ser devolvido em locais de coleta adequados. Embalagens em aerossol são recicláveis, mas é importante retirar todo o gás antes de enviá-las para coleta. Tampas de aço também são recicláveis.

Papéis

Reciclável: jornais, revistas, aparas de papel, cartões, envelopes, caixas de papelão, listas telefônicas, embalagens cartonadas (longa vida).

Não-reciclável: adesivos, etiquetas, fita adesiva, fotografias, papel toalha, guardanapo, papel higiênico, papel de fax, papel engordurado, papel vegetal, papel celofane, papel de bala, papel parafinado, papel plastificado, fraldas descartáveis.

Cuidados: para manter os papéis secos e limpos, você pode separá-los dos demais recicláveis. É melhor desmontar as caixas de papelão para diminuir o volume. No caso das embalagens do tipo longa vida, a reciclagem envolve a separação das fibras de papel, plástico e alumínio que compõem as caixas para o reaproveitamento dos materiais separadamente.

Plásticos

Reciclável: sacolas, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, garrafas PET, canos e tubos de PVC, brinquedos, baldes.

Não-reciclável: acrílicos, tomadas, teclados de computador, espuma, cabo de panela.

Cuidados: para reduzir o volume do lixo, vale amassar as garrafas PET antes do envio para reciclagem.

As embalagens da Natura são recicláveis?

Sim. Mais do que isso, a Natura adota, nos cartuchos de seus produtos, a tabela ambiental, que informa também o percentual da embalagem em que foi utilizado material reciclado pós-consumo, isto é, que já foi utilizado em algum produto e foi reprocessado.

Projeto de Reciclagem de Produtos Natura

Desde 2007, o Projeto Reciclagem de Produtos Natura incentiva nossas Consultoras a gerar transformação em vez de lixo. Isso porque, com um gesto simples, elas cuidam do meio ambiente ao mesmo tempo em que contribuem para a inclusão social de quem vive da coleta do lixo reciclável.

Ele já conta com o envolvimento das Consultoras de Recife (PE), de algumas regiões de São Paulo (capital e interior), Salvador (BA), Vitória (ES) e, em março de 2010, chega a localidades do Rio de Janeiro.

Nesses locais, nossas Consultoras recolhem voluntariamente as embalagens vazias dos produtos Natura de seus clientes, separam as suas próprias embalagens, revistas antigas e caixas de produtos, e as entregam para as transportadoras parceiras, que também atuam de forma voluntária.

O material é retirado pelas cooperativas de catadores parceiras, que pesam, separam, descaracterizam e vendem os materiais para a indústria de reciclagem.

O crescimento do material recolhido, do número de participantes e o fortalecimento das cooperativas ao longo dos anos mostram que estamos no caminho certo. Veja o resultado desde o lançamento do projeto, em fevereiro de 2007, até dezembro de 2009:

  • 315 mil kg de material arrecadado e doado para cooperativas parceiras
  • Mais de 18 mil CNs participantes
  • 400 entregadores das transportadoras parceiras envolvidos
  • 242 cooperados beneficiados
  • Aumento da capacitação e maior fortalecimento das cooperativas

Se você reside em uma das cidades onde o projeto já foi implantado, não deixe de encaminhar as suas embalagens vazias de produtos Natura para a sua Consultora ou Consultor. Caso contrário, busque outras formas de adotar a reciclagem no seu dia a dia e procure postos de coleta próximos a sua casa.

Um comentário:

Rodrigo Tadeu de Assis disse...

Lindo blog meu amorm, além de bonito, consciente!
Te amo!